Uma das coisas mais difíceis na história humana, não é algo plenamente palpável; não é algo que compramos; não é vendido; não é perecível; mas também não é de todo eterno. Tem a ver com nosso caráter. E muito embora não tenha em sua raiz do sentir estas características, podemos também dizer que em suas vertentes, suas consequências e atribuições: é plenamente palpável, ajuda a comprar e a vender; pode perecer quando não cuidamos; mas também se bem cuidado por durar eternamente!
Uma das coisas mais difíceis na história humana: é o amor!
Você pode neste momento querer discordar. Mas, já parou para pensar o quanto é difícil ao ser humano amar? E não estou dizendo só da boca para fora, nem do simples sentir que acreditamos ser verdadeiramente amor, tão pouco estou me referindo àquelas loucuras que muitos fazem até atribuindo ao amor tais atos.
Me refiro ao amor verdadeiro, aquele que nos move a se compadecer do outro, que nos faz preservar a natureza, proteger o animais, cuidar das crianças e dos carentes, amparar nossos pais e idosos, ceder o lugar no ônibus para algum necessitado, dividir o nosso alimento com os que não tem (mesmo que tenhamos pouco), respeitar opiniões mesmo que divergentes, aceitar o rompimento do relacionamento preservando a vontade alheia, ouvir e saber aconselhar aqueles que se achegam a nós, partilhar a nossa parte boa, mesmo quando a ruim quer saltar fora. Me refiro ao amor incondicional, que sabe olhar o próximo com olhos de esperança, com a pureza do bom sem deixar que o mal sobressaia, aquele que nos faz "perder" nosso tempo precioso com outras coisas que não importam em prol de uma causa mais importante e até humanitária.
Não! Não sabemos ainda amar! E tudo aquilo que julgamos ser amor, não passa de um sentimento vazio, egoísta, interesseiro, baseado em trocas e sempre à espera de algo que volte melhor do que demos. Quão falhos somos! Quão longe estamos dos padrões para o qual fomos criados! E muitas e inúmeras vezes atribuímos a Deus os acontecimentos e tragédias desta vida que são puramente consequências de uma vida destituída de amor! Já pensou nisso?
Sendo pobres, que pudéssemos desenvolver a humildade, a confiança e a fé ao dividir, cientes de que nunca nos faltaria porque Deus multiplica na pequenez.
Sendo ricos, que pudéssemos desenvolver a abnegação, a solidariedade e a caridade, ao dar livremente aos que precisam um pouco da nossa riqueza; que se tornaria muito maior, pois Deus nos dá das bençãos em abundância.
Sendo habilidosos, que pudéssemos desenvolver nossos dons e talentos em prol dos carentes que sofrem pela falta do que poderíamos fazer para lhes minimizar o sofrimento.
Ao contrário de tudo isso, quando temos pouco não dividimos para não ficar sem; quando temos muito, não partilhamos por achar que cada um tem de buscar o seu lugar ao Sol; quando temos dons e talentos, não ensinamos e não aprimoramos por temer que outros sejam melhor que nós!
E o que dizer dos cuidados que não temos? Os desprezos relativos à natureza e às pessoas por sempre pensarmos em nosso prazer e bem estar sem pensar no outro.
Por todas estas coisas, um conselho nos é muito válido para os dias de hoje e por toda nossa vida:
Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade. - 1 João 3:18
Que assim seja sempre em nossa vida: amor legitimo demonstrado em obras e com verdade!