Desde que o pecado entrou na história humana o homem padece de doenças. Enfermidades das mais variadas formas, curáveis e incuráveis, afetam não só o corpo como a mente e a alma do ser humano, que o faz muitas vezes amaldiçoar a própria vida e desejar a morte, tamanha é a dor e o sofrimento que passa.
A Bíblia traz a história de Jó. Um homem rico, sábio, bem quisto, honesto, reto, íntegro, humilde e exemplar, que tinha uma boa e numerosa família, amigos e servos, aconselhava a todos que se achegavam, mas que de repente perde tudo que possui! Jó padeceu por um longo período de úlceras que o fazia feder e gemer dia e noite sem parar. De certa forma uma referência às mazelas que nos atingem por toda nossa vida enquanto durar o conflito entre o bem e o mal. Ele não morreu dessas mazelas, antes teve a vida restaurada em tudo, ganhou outros 10 filhos e sua riqueza e anos de vida foram dados por Deus em dobro. "Morreu farto de dias" segundo a Bíblia.
Além disso, sua esposa embora tenha lamentado e sofrido junto (afinal, ela também perdeu tudo), permaneceu ao seu lado e pôde receber das bençãos de Jó. Seus outrora amigos, vinham acusar-lhe de ser negligente com Deus e sofrer do seu 'pecado'. A lição aqui não depender de pessoas. Seus amigos não irão entender sua vida e seu destino. Alguns irão aparecer somente pra acusar. Raros serão os que estarão ao seu lado até o fim.
A grande verdade é que assim como o pecado é um câncer em nossa vida, a humanidade padece de cânceres da carne todos os dias. Sofremos de doenças físicas e mentais, e nos deixamos levar por elas até o dia da nossa morte. Mas assim como na vida física, na vida espiritual devemos cuidar e nos precaver para não morrer com tumores malignos que nos façam feder e gemer dia e noite. Devemos nos avaliar a cada dia a fim de descobrir qualquer foco de doença que possa nos fazer desistir de viver e querer a morte!
A doença de Jó foi de repente. Mas o câncer do corpo e da alma não é. A frieza espiritual e a debilidade mental são tão calmas e silenciosas quanto um câncer agindo no nosso corpo, e quando descoberta tarde demais causa tanto estrago quanto e acaba nos matando.
Embora Jó tenha se revoltado, questionado e lamentado sua situação (e quem não o faria?!), ainda sim permaneceu firme na fé de que Deus restauraria tudo - se não aqui, tinha certeza na vida futura - tamanha confiança de seu relacionamento com Deus! Ele disse: "porque eu sei que o meu Redentor vive, e por fim se levantará por sobre a Terra". (Jó 19:25).
Podemos não ter restauração como Jó. Podemos não ter riquezas. A maioria não ficará ao nosso lado. Mas devemos valorizar os raros que permanecerão! E seguir a Deus até o fim.
E a grande pergunta que surge para nós é: como temos respondido ante nossos cânceres e úlceras da vida?
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