segunda-feira, 5 de maio de 2014

Imortalidade da alma e a morte de Jesus

Algumas pessoas, ditas crerem na doutrina da imortalidade da alma, especulam que Jesus estava “consciente” na Sua morte. Isso alegam com base no fato dEle ser Deus e não poder morrer. Porém, isso não passa de mera especulação, que tenta encontrar algum tipo de argumento para defender a ideia contrária à Bíblia de que há “consciência depois da morte”.

Esse argumento, por mais lógico que possa parecer, não se sustenta com inúmeros textos bíblicos que mostram e comprovam ser a morte:


1. A Bíblia mostra a morte como uma inimiga (1 Cor. 15:26) e não “amiga”, que sirva de “ponte” para a eternidade;
2. É um estado de plena inconsciência (Ecl. 3:19-209:5-6 e 10), no qual as pessoas se encontram “dormindo” (Sal. 13:3Jer. 51:57Dan. 12:2João 11:11-141 Cor. 15:6 e 181 Tes. 4:132 Pe. 3:4) até a Segunda Vinda de Cristo (Jo. 14:1-31 Cor. 15:23) quando ocorrerá a ressurreição (1 Tes. 4:13-18).
3. É um momento em que as pessoas não estão adorando a Deus (Sal. 6:5), seja num “estado intermediário” ou no paraíso (Sal. 88:10-12Sal. 115:17);
4. Um momento em que as pessoas não estão sofrendo o castigo no “inferno”, pois a Bíblia diz que: na morte elas não sentem ódio e nem inveja daqueles que foram salvos (Ecl. 9:5-6 e 10); o castigo no lago de fogo é um evento futuro e não presente (Compare-se Mar. 9:43-47 com Atos 17:30-312 Pe. 2:4Apoc. 20:10 e Mal. 4:1-3).
5. Além disso, esse argumento não pode ser sustentado porque tenta explicar na lógica humana um mistério que é divino, sendo portanto, uma manifestação soberba humana que ainda não se dispõe a submeter-se à lógica divina (Is. 55:8-9) por meio da humildade em reconhecer de que há coisas (como esse assunto) que só serão de todo entendidos quando obtivermos uma explicação do próprio Deus por ocasião do momento em que estivermos com Ele face a face (Apoc. 22:4) e teremos a oportunidade de esclarecer nossas dúvidas e pensamentos.

Podemos considerar por fim que:
- A Trindade (termo designado para identificar a união de Deus, Jesus e o Espírito Santo) sempre trabalharam juntas e continuarão atuando em perfeita harmonia por toda a eternidade (Gên. 1:1Jo. 1:1-3Heb. 9:14).
- O Deus encarnado morreu na cruz para pagar por nossos pecados (Atos 20:28) e não temos como explicar, com nossa lógica corrompida pelo pecado, um mistério tão grandioso e de certa forma incompreensível (Deut. 29:29Is. 55:8-9).

- Se na cruz tivesse morrido apenas uma “criatura” e não o Deus encarnado, ainda estaríamos perdidos. Criatura alguma, nem mesmo anjos (Cf. Heb. 1:14 compare com Heb. 1:8) poderia pagar a dívida da humanidade para com a Lei de Deus (ver Gên. 3), a não ser Ele mesmo, o “Legislador” da Lei (Is. 33:22
Tg 4:12). Nisso, os amigos que pensam ser Jesus um ser criado devem refletir com oração.

- O ensino de que há “consciência” na morte é uma negação de inúmeros textos bíblicos já aqui citados (entre eles Sl 6:5; 1Co 15:23) e contradiz o ensino bíblico da ressurreição (1 Cor. 15 - ver capítulo todo). Além disso, essa questão não deve ser abordada à luz de algum que é um dos “mistérios da piedade” (1 Tim. 3:16): a encarnação e morte do Senhor Jesus Cristo.
- A doutrina da imortalidade da alma contradiz a temática afirmativa bíblica que mostra ser possível existir vida e consciência apenas enquanto os três elementos da natureza humana (físico, mental e espiritual) estiverem em perfeito funcionamento, desenvolvendo-se harmonicamente (Cf. 1 Tes. 5:23).

Incentivo-lhe a ter sua esperança na Volta de Cristo (Tito 2:13Apoc. 1:7), assim como o apóstolo Paulo (2 Tim. 4:7-8). Afinal, somente na ocasião da volta de Jesus – e não a nossa grande inimiga chamada morte – que trará de volta pessoas que amamos e queremos rever, e nos permitirá estarmos na presença dEle em um mundo sem dor, sofrimento, morte e incerteza do amanhã (Apoc. 21:4).
"Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda." - 2 Timóteo 4:7-8

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