terça-feira, 29 de abril de 2014

Apocalipse 3: A Igreja de Sardes

Sardes e símbolo de um Cântico de Alegria

A cidade de Sardes foi construída sobre uma rocha (1150 a.C), ficava numa elevação de cerca de 500 metros. Era a capital do império da Lídia, um dos mais ricos do mundo antigo. Pela produção de ouro, prata, pedras preciosas, lã, tecido, etc., se tornou próspera. A moeda cunhada surgiu em Sardes.

Elogio: Muito pouco havia para ser elogiado. 
"Mas também tens em Sardes algumas poucas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso." - Apocalipse 3:4 
Durante o período da Inquisição e da Reforma Protestante iniciada por Lutero, houve grande comoção e conversões de povos às doutrinas recém-redescobertas, e que outrora havia sido apagadas pelo paganismo professo neo-cristão. Poucos eram os que haviam se mantido fiéis aos mandamentos, sem ter se deixado contaminar com a nova forma de cristianismo iniciado pela mistura de pagão-idólatra-cristão que havia emergido nos períodos pré-perseguição. Esses poucos fiéis, seriam então tidos por dignos perante Cristo de receber suas vestes brancas por não se contaminarem com a apostasia fantasiada de cristianismo.

Conselho: "Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei." - Apocalipse 3:2-3
Com o princípio da Reforma iniciada por Lutero e as novas-velhas verdades que outrora foram esquecidas, agora estão ali diante dos povos, a Igreja de Sardes (símbolo da Igreja de Deus fiel) fora orientada a manter-se firme ante às perseguições da Inquisição Católica Romana, aprendendo e guardando as verdades obtidas, arrependendo-se dos erros que tinham por certo; orientados a vigiar seu trilhar, pois o dia de Cristo ainda viria, mesmo que tida por próxima para uns ou desconhecida por muitos (vindo como ladrão).
Muito embora houvesse a Reforma Protestante, não fora a verdade de toda conhecida e praticada. Os que a receberam bem, mudaram sua vida juntando-se ao pequeno povo fiel a Deus. Os muitos outros que diziam haver recebido e aceitado as verdades obtidas, viveram temporariamente a nova vida cristã, porém não suportavam o "peso" das perseguições. Tinham uma vida aparentemente cristã, mas estavam espiritualmente mortos pelo medo, descrença e desânimo.
Embora houvesse aí uma grande Igreja denominacional cristã, Cristo era conhecedor de suas obras e não se agradava delas. Sabia que embora trouxessem consigo o nome de "cristã", seus atos e práticas não condiziam com os atos e práticas de Cristo. Traziam costumes e cultos mesclados de paganismo, adoração a imagens, orações e ritos incompreensível, exaltação de pessoas no lugar de Deus, etc; praticavam atos atrozes em nome da fé, a ponto de perseguir, torturar e matar das mais cruéis formas pessoas que tinham consigo o anseio de seguir a Bíblia como ela era - destituída das interpretações de homens tidos por representantes de Deus, mas que não eram semelhantes a Cristo.
Fora neste período que as pessoas que desejavam estudar a bíblia por si eram proibidas e perseguidas; estudiosos contrários à doutrina católica eram queimados em praça pública. Os poucos fiéis refugiavam-se onde podiam, e os que permaneciam morriam fisicamente ou espiritualmente pela aceitação das torpezas doutrinárias.

Promessa: "O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos." - Apocalipse 3:5
Aos fiéis de Deus, Ele lhe assegura seu lugar no céu. A salvação está assegurada à todos os que, mesmo sendo em pouco número pela história, permaneceram obedientes aos mandamentos, incontaminados com as falsas doutrinas e paganismo, e que mesmo quando queimados, torturados, amordaçados e em beira de morte confessavam sua fé e perseverança em Deus, Jesus garante não os negar e confessá-los como remidos diante de Seu Pai!

Sardes representa o quinto período do cristianismo na terra quando ocorreu a reforma protestante sob Martinho Lutero e outros. Pessoas foram reavivadas pela chama da esperança de um novo tempo no cristianismo, diziam estar ao lado de Deus e se juntavam conta a "Santa Inquisição". Com o passar do fervor da reforma, os cristão se esfriaram e passaram a viver do passado onde as pessoas eram plenamente reformadas, esquecendo-se que a justificação pela fé é um ato diário, pois não sabemos o dia e a hora da nossa morte ou da volta de Jesus. Em todo o tempo precisamos estar em comunhão com Ele!

Hoje, muitos professos reformados, estão frios como o fora a Igreja de Sardes; outros, perseveram fiéis e avivados com o conhecimento que obtêm a cada estudo das Escrituras, mantendo viva a chama da Reforma. Porém, poucos são os que se mantem incorruptíveis ante à mistura de doutrinas que adentram às religiões cristãs! O mais comum que vemos hoje, são doutrinas mescladas com os antigos ritos pagãos, que hoje pouco se associam serem de tal procedência, mas são plenamente aceitos como doutrinas divinas, sem confronto com as Escrituras. Muitos deixam-se levar pelos costumes e tradições, antes de observar e praticar o que Cristo ensinava. Poucos hoje estão dispostos a abrir mão da sua vida cômoda, sem perseguição, sem tribulações; preferem a boa convivência com todas as religiões, à estar em conformidade com as Escrituras. Muitos dos professos cristãos, temem passar pelo novo período de perseguições que virá aos fiéis; não estão dispostos a perder esta vida, com fim de ganhar a vida eterna e ter seu nome confessado como justo diante de Deus!
Sardes era uma Igreja moribunda. Achava-se ser viva, eficiente, conforme o agrado divino; mas era morta espiritualmente, fria e indiferente para com a Palavra de Deus.
E você, é um moribundo espiritual?

SARDES abrange o período de 1517 a 1755 (período da Reforma e Inquisição Romana).


fonte de estudo: www.bibliaonline.net/cursos

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