Quinta-feira, 12 de abril de 31 d.C... Jesus estava em oração. Sua alma estava aflita pois sabia que se aproximava a hora de cumprir Sua missão terrestre. Estava na fria madrugada a orar, e seus acompanhantes dormiam... chegara então Judas, acompanhado de guardas para o prenderem. Judas havia entregue Jesus (que em nenhum momento fora Seu mestre, se tivesse não o havia entregue) por apenas 30 moedas aos sacerdotes que O queriam matar, e tamanha fora sua frieza que o fizera com um beijo no rosto para sinalizar aos guardas quem era Jesus, visto estar acompanhado dos discípulos.
Sem reagir, Jesus foi preso, levado à presença dos sacerdotes - que não O podiam condenar; fora sentenciado à morte por blasfêmia (pois dizia-Se Filho de Deus), e quebra da lei devido Suas inúmeras curas aos sábados. Era tido por pecador por Seu envolvimento com cegos, leprosos, adúlteros, prostitutas, mendigos... estava Ele sempre envolvido com quem sentia necessidade do Seu poder regenerador.
Era sexta-feira, 13 de abril de 31 d.C. Dia de preparação para a Páscoa - data importante aos judeus, pois esta era a comemoração da libertação que Deus provera ao povo na saída da escravidão do Egito, milhares de pessoas na cidade em correria para as atividades, pois aquela Páscoa coincidira com um sábado - dia este também sagrado ao povo de Deus.
Jesus já havia passado a madrugada em claro e fora levado à presença de Herodes que também não quis tomar parte no caso de Sua sentença de morte. Achava Herodes não dever ter parte na morte de um inocente. Finalmente levado à presença de Pilatos, este titubeava quanto à decisão de morte, pois também sabia ele que Jesus era inocente, não merecedor da morte; sua esposa tivera um sonho durante a noite, na qual um anjo se incumbira de dizer-lhe para que não tomassem parte na morte dEle (Houvesse Pilatos não tomado parte na morte de Jesus, seu coração estaria aberto ao trabalho do Espírito Santo e talvez até se converteria... há alguns que acreditam na conversão de sua esposa); mas Pilatos, com receio de perder seu poder e soberania sobre aquela província, fora levado pela ganância e entregou Jesus para julgamento ao povo. Como costume, o povo soltava um condenado à morte com a concessão do perdão e liberdade. Pilatos, ao questionar o povo, este clamou com grande voz que se soltasse a Barrabás - um perigoso e cruel bandido e assassino, temido por muitos, mas que instigados por demônios personificados "Então todos tornaram a clamar, dizendo: Este não, mas Barrabás." - João 18:40.
Jesus fora levado então para a crucifixão. Antes, fora despido (embora achemos que ele usava algo em suas partes íntimas, ela fora nu), chicoteado, espancado, ridicularizado, com uma coroa de espinhos ficada à cabeça. Fora levado então às ruas da cidade de Jerusalém, carregando em Seus ombros e costas, uma cruz enorme que havia sido feita às medidas de Barrarás agora liberto. Não aguentando o peso e as dores, caiu pelas ruas e outro homem fora dignado entre o povo a ajudar-Lhe a carregar a cruz.
Chegou então ao monte Gólgota, onde visto por uma grande multidão, O colocaram deitado na cruz, ficaram pregos enormes em Seus pés e mãos, fora estendido de forma brusca ao levantar a cruz fazendo com que Seu corpo balançasse. Ao ter sede, deram-Lhe vinagre. Suas vestes havia sido disputadas, pois era feita de fino linho.
Ali naquela cruz, ao contemplar aquele povo, Jesus padecia de imensa dor e angústia, sentia tudo que um simples ser humano sentia. Medo, dor, angústia, aflição, sede, frio... quando fora posto ali, o forte Sol ardia, ao passar do tempo, ia esfriando e o choque térmico era certo. Pediu então para que Seu grande e amado amigo cuidasse de Sua mãe Maria, visto que seria ela viúva e então desprezada à mendigar pela população.
Então, por volta das 15h, morre Jesus naquela cruz à vista de toda a Jerusalém que ali fora contemplar. Céu escuro, um grande tremor de terra, pessoas assustadas, absoluto silêncio imperava o local.
Os judeus estavam então preparados para a Páscoa e para o sábado. Ali, efetivaram suas sentenças, sobre todos os anos em que viveram dualmente suas vidas... miseráveis que eram! Participavam das festas e solenidades instituídas por Deus, com choros e orações por pedidos de perdão pelos pecados. Mas, nem ao menos se arrependiam de haver matado o Inocente Filho de Deus que ali habitara para salvar o mundo! Iam ao templo oferecer sacrifícios a Deus, mas o véu do Templo que dividia o Santo do Santíssimo havia fendido de cima a baixo - símbolo de que todas aquelas coisas não eram mais necessárias, e não seria mais aceitas, pois o Último Cordeiro, o Último Sacrifício - eficaz e completo, capaz de salvar a todos, havia morrido à pouco na Cruz do Calvário!
"E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus." - João 1:36
"Pelo cumprimento dessa vontade fomos santificados, por meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido uma vez por todas. (...) Mas quando este sacerdote acabou de oferecer, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à direita de Deus." - Hebreus 10:10-12
Nicodemos fora pedir o corpo de Jesus para o embalsamar. Os discípulos, junto com as Marias, foram para casa terminar os preparativos para o Sábado e a Páscoa. Jesus repousou no túmulo no sábado. Não teve nenhum lugar onde fora durante seu período de morte, pois ainda não havia ressuscitado. Jesus só efetivaria sacrifício na ressurreição, pois de que valeria um Cristo morto?! ("Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus." - João 20:17). Era necessário que Ele ressurgisse, e fosse se apresentar a Deus como Perfeito, para que fosse aceito Seu sacrifício por nós. Jesus mostrou que Sua obra de salvação era tão importante quanto Sua obra de criação, pois ambas traria vida aos seres; na criação vida terrena efetiva; e na salvação, nova vida espiritual uma vez que estávamos todos mortos espiritualmente pelo pecado que em nós habita.
Sim! Os que ainda não aceitaram a Cristo como Senhor e Salvador, não creem na Sua morte e ressurreição, na Sua ascensão e intercessão no céu por nós, ainda padece em trevas e morte espirituais, só podendo obter pela aceitação!
Mesmo os discípulos foram tomados pela incredulidade. Não haviam entendido os acontecimentos, pois estavam alheios ao estudo das Escrituras. Estudavam, mas não compreendiam efetivamente... nada parecia fazer-lhes sentido! Hoje o mesmo acontece conosco... somos tomados pela incredulidade dos tempos presente, por sermos alheios ao estudo das Escrituras; somos meros leitores, com nossas próprias teorias, sem compreensão efetivas do que ela tem a nos revelar. Parece que ainda nem recebemos o Consolador - que entre nós habita à séculos! Somos incrédulos como Tomé, que só creu em Jesus após nEle tocar!
"Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente.
E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!
Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.
Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome." - João 20:27-31
Que não sejamos incrédulos! Que creiamos nAquele que veio para nos salvar do pecado e guiar no serviço!
Pois Jesus veio pagar um dívida... de que todo pecado pague com a morte. E a morte dEle era a única apta a arcar com os prejuízos de eternidade. E nos conceder a vida eterna que há somente nEle!
Que nesta Páscoa, a morte passe por cima do seu lar, e que a Vida entre e faça morada. E que a cada sábado você descanse com Deus, lembrando que este dia seja um memorial de que Deus - que nos Céus habita - te criou e te salvou para todo o sempre!
Toda a história da crucifixão de Jesus e Sua ressurreição, você poderá acompanhar a partir do livro de João 18 até João 20.
(Gostaria de abrir um parêntese aqui. Você pode se perguntar "por quê você está colocando datas?
Até a presente data dos acontecimentos, o calendário começava em meados de Abril... "No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do Senhor." - Levítico 23:5 - então, digamos que hoje seria Páscoa, segundo a ordem que fora dada... então, presume-se as datas pelos eventos. Jesus fora preso 1 dia antes da sua morte.
Já no caso do sábado, a data fora dada desde o princípio dos tempo, na criação, em Gênesis 2:1-3, e posteriormente dada de novo ao povo - agora hebreu/judeu, descendentes da promessa a Abraão - no deserto em saída do Egito conforme Êxodo 20:8-11. Estes já haviam esquecido dos mandamentos, pelos seus muitos anos em cativeiro, e estes não serem mais passados de pais a filhos... Afinal, como lembrar de algo que nunca fora passado? Se não tivesse sido passado antes, Deus não diria "Lembra-te" - ninguém pede pra lembrar de algo que não fora dito. E se assim não fora, as tábuas ainda existiriam, mas sabendo o futuro (que tudo se "perderia"), Deus disse: "Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos.
E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te; e escreve-as nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas; para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o Senhor jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a terra." - Deuteronômio 11:18-21)

Nenhum comentário:
Postar um comentário