quinta-feira, 17 de abril de 2014

Eu, um farizeu?

Quantas vezes nos julgamos superiores aos outros!
Tendemos a apontar os defeitos, falhas, pecados... acusamos, rejeitamos, desprezamos. Há ainda que o faça em nome de Deus, não pensando duas vezes antes de analisar a situação, conversar e ouvir a pessoa, e principalmente PERDOAR!
Jesus, embora tenha vindo para salvar, sofreu inúmeras vezes acusações injustas de pessoas que se julgavam superiores à Ele. Mal sabiam estes pobres homens que lidavam com o Seu próprio Criador! Àquele que eles tanto sacrificavam os cordeiros, pediam perdão, estava ali; permaneceram no meio deles por um bom período, tentando abrir-lhes os olhos para visualizarem o cumprimento das profecias que pregavam nas sinagogas.
Os judeus (chamados também de escribas e fariseus, zelosos das leis) estavam à espreita, à espera do mais simples tropeço de alguém para que pudesse acusar, repreender e aplicar-lhes a penalidade da lei. Justamente o principal dos fundamentos das leis que o povo tanto (tentava) guardar, não era praticado! O falta de amor para com as pessoas era visível, nítida, doída, escancarada... não exerciam compaixão, nem compreensão, nem zelo, nem amor para com as pessoas; e tudo aquilo que Jesus tentava passar aos zelosos das leis, era que tudo deveria ser feito baseado no amor! Ora, o que é mais valioso: aplicar as penalidades da lei ou perdoar e ajudar o próximo?
Um vida regrada pelo amor, não necessita de leis extensas e detalhadas; é compreendida no mais sublime ponto, sem necessidade de explicações... Se está escrito que não pode matar, não necessito dizer-lhe por quais meios não se pode fazer e abrir brechas para outros, é nítido que de nenhuma forma o podemos. E se amamos, preservar a vida no mais profundo sentido é o mais fácil e essencial... é natural!
No tempo de Jesus, era comum uma pessoa sofredora de viuvez, esterilidade, doenças ou deficiências físicas serem acusadas de ser grandes pecadoras contra Deus e estar carregando consigo uma maldição divina. Jesus precisava e queria quebrar este dogma! Essa visão deturpada do pecado, fazia com que as pessoas carentes sofressem muito mais, abandonadas à mendigar pelas ruas, pois eram abandonadas pelos próprios familiares.
Uma vez, Jesus querendo mostrar isso à uma multidão de pessoas que este conceito era errôneo, pois Deus amava a todos de igual forma, disse a um paralítico "(...) Homem, os teus pecados te são perdoados." - Luc. 5:20. Os "zelosos" de plantão não pensaram duas vezes antes de acusar Jesus de blasfêmia (pecado considerado extremamente grave com pena de morte). Ele, conhecedor do coração daqueles que ali estavam disse "Que arrazoais em vossos corações? Qual é mais fácil? dizer: Os teus pecados te são perdoados; ou dizer: Levanta-te, e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra poder de perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa." - Luc. 5:22-24. O povo maravilhado, glorificava a Deus pelo milagre, e Jesus seguiu seu caminho indo à um banquete preparada para Ele, quando fora novamente interrogados pelos que se diziam zelosos, do porquê misturava-Se com pecadores (assim chamavam os que eles desprezavam)? E Jesus, respondeu simplesmente: "Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos; Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento." - Luc. 5:31-32.
Precisamos cuidar da nossa maneira de tratar e lidar com as pessoas. Somos TODOS pecadores, carentes da graça e misericórdia de Deus! Necessitamos a cada dia estar com Ele, receber o perdão pelos nossos erros, ter Sua ajuda para nossos problemas e dificuldades... cada pessoa tem seu erro, seu pecado, sua culpa, sua necessidade de algo; não somos seres perfeitos! Então, quem nos dá o direito de julgar alguém a ponto de condená-la por algo? Podemos sim, fazer nossa análise sobre a situação, mas também tirar lições para que não cometamos os mesmos erros. E se alguém pecar, não podemos limitar o perdão à pessoa... não somos Deus, mas devemos agir como ele: "Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete. - Mat. 18:22. Não contando quantas vezes pecam e perdoamos... mas perdoar infinitamente, quantas vezes for necessário... e ajudar para todos nós cheguemos ao arrependimento e mudança de vida! Assim o fazia Jesus...

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